sábado

Às Armas, Cidadãos!

Alceu Garcia - Se eu fosse americano seguiria a paleodireita dos Estados Unidos, a "old right", cujos alicerces são o livre mercado, livre comércio, padrão-ouro, equilíbrio fiscal, baixa tributação, ampla autonomia dos governos locais e, em política externa, neutralidade e isolacionismo. E, claro, tendo como horizonte o anarco-liberalismo de Murray Rothbard. Mas eu não sou americano, e mesmo entre eles restam poucos adeptos dessa nobre corrente doutrinária. Um desses gatos-pingados é o deputado federal do Texas Ron Paul, um político absolutamente honrado e fiel aos seus princípios, coisa raríssima no meio.


Paul não cessa de denunciar publicamente a inconstitucionalidade e, sobretudo, a imoralidade do imposto de renda, da previdência pública, do padrão-papel, do inchaço do governo federal à custa dos governos locais e da política externa imperial americana. Ele costuma citar os founding fathers, que recomendavam evitar alianças e compromissos duvidosos, preservando boas relações com quem quer que não manifestasse intenções agressivas contra o país.


Infelizmente, contudo, essa corrente tradicional tem pouca influência nos rumos dos Estados Unidos, atualmente oscilando entre o imperialismo globalista dos democratas, socialistas que desejam pôr a força americana sob o comando da ONU, reduto desses mesmos socialistas, e o imperialismo unilateralista dos neoconservadores, representados pelo governo Bush. As intermináveis tensões decorrentes das guerras mundiais e da ameaça soviética, bem como o intervencionismo estatal na economia minaram o caráter nacional americano, gerando uma sociedade afeita à guerras suspeitas e ao paternalismo oficial, resultando no que os libertários chamam de welfare-warfare state, o estado guerreiro por um lado e provedor de "justiça social" por outro.


Nesse contexto, a alternativa neoconservadora é a menos ruim. Daí a violenta campanha anti-bush conduzida mundialmente pela intelectuária socialista. Não é que esse pessoal seja contrário ao imperialismo; eles reclamam porque, segundo seus interesses, o imperialismo neoconservador é o imperialismo errado. Não espanta a veneração que devotam a Bill Clinton, homem da ONU. Os socialistas anseiam por moldar o mundo à sua imagem, e para tanto é necessário não só quebrar a resistência americana, arraigada no liberalismo e conservadorismo tradicionais naquele país, como alistar o poderio dos EUA no campo socialista.


E nós, brasileiros, onde entramos nisso? Pois é aí que mora o perigo. Para começo de conversa, é bom frisar que a hegemonia global neoconservadora dos americanos não nos ameaça de modo nenhum. Os Estados Unidos não têm interesses estratégicos sérios na América do Sul. O tão falado projeto de internacionalização da Amazônia nada tem a ver com ambições econômicas, nem faz parte das intenções dos conservadores de Bush, como acreditam certos setores nacionalistas,. Essa idéia é acalentada pelos globalismo socialista, sobretudo em sua versão ambientalista, e a finalidade não é a exploração das riquezas naturais reais ou imaginárias da Amazônia, e sim precisamente o contrário.


O que os socialistas querem é NÂO explorar economicamente de forma nenhuma a região, transformando-a num vasto parque ecológico reservado estritamente aos índios, plantas e animais. A questão do narcotráfico colombiano tampouco oculta planos malignos ianques. O fato é que eles mesmos criaram o problema ao impor a proibição mundial das drogas, uma medida inviável, e agora estão às voltas com seus desdobramentos negativos. Se pudessem, os americanos erradicariam a produção de coca e depois deixariam a região.


Outro contencioso falso relaciona-se com a Base de Alcântara, suposta evidência dos desígnios sinistros do inimigo de anexar bocados do território nacional. Isso é tolice. Eles querem alugar a base porque é um local favorável para lançar foguetes, nada mais. Note-se que os Estados Unidos já tiveram grandes bases militares no Nordeste, na época da 2ª Guerra. Findo o conflito, retiraram-se com mala e cuia. A realidade é que os americanos não só não são uma ameaça à soberania nacional, como por sua mera existência e atuação eles garantiram por via oblíqua essa soberania.


Ou alguém duvida de que o Brasil seria hoje uma colônia nazista ou comunista se não fossem os Estados Unidos? As eternas denúncias de espoliação econômica, por outro lado, alimentadas pela inveja do sucesso alheio, só enganam aqueles que desconhecem economia (incluídos, por definição, os "economistas" marxistas e keynesianos). Eles não são ricos porque nós somos pobres. Nós somos pobres porque nos deixamos espoliar pela nomenklatura nativa aboletada nos privilégios estatais e seus sócios. Em suma: a preponderância mundial do neoconservadorismo estadunidense não afeta o Brasil. Não há motivo para conflitos.


Não há motivos, exceto um: justamente por terem barrado os planos megalomaníacos de nazistas e comunistas no passado, e por ainda resistirem ao socialismo globalista contemporâneo, os Estados Unidos são odiados visceralmente pelos intelectuais socialistas do mundo todo, inclusive, é claro, pelos exemplares tupiniquins dessa praga. A provável eleição de Lula, pois, representa um perigo gravíssimo e iminente para o povo brasileiro, que pode se tornar o instrumento insuspeito dessa intelectuária invejosa e gananciosa.


Uma administração petista dificilmente resistiria à tentação de culpar os americanos por seus inevitáveis fracassos domésticos, mobilizando a opinião pública, amaciada por legiões de propagandistas instalados na imprensa, escolas e universidades, para a "luta anti-imperialista". Nada mais conveniente para um regime socialista do que um bode expiatório externo, vez que a indefectível miséria provocada por suas políticas insensatas ganha uma explicação plausível, e ainda serve de pretexto para o controle totalitário da sociedade. Desde os tempos da Revoluçã Francesa é assim. E não faltará apoio externo para o PT, sobretudo da influente esquerda festiva francesa, sempre ávida de glorificar bajular déspotas anti-americanos.


De outro ângulo, um governo brasileiro hostil também pode se revelar conveniente para o governo Bush, alerta para qualquer ameaça real ou imaginária que legitime sua atual fase belicista. Um país grande como o Brasil representaria um perigo verossímil para os Estados Unidos, embora falso. A economia brasileira já não é grande coisa, e, submetida às costumeiras depredações socialistas do PT, murcharia rapidamente. Um embargo comercial nos arruinaria em questão de semanas. Nossa parca fatia de menos de 1% do comércio internacional seria prontamente suprida por outros mercados, restando aos brasileiros viver num miserável inferno socialista diante de da hostilidade indiferente do resto do mundo.


O pior é que o sonho (rectius: pesadelo!) petista de reunir Índia, Rússia, China e África do Sul numa grande aliança contra os Estados Unidos daria com os burros n'água rapidinho. Nenhum desses países teria a ganhar com isso. Ah, mas não faltariam efusivas manifestações de solidariedade de palestinos, iraquianos, norte-coreanos e cubanos. Apoteóticos congressos do Foro de São Paulo, com direito a discurso de 12 horas de Fidel Castro, distrairiam o povo. E, com sorte, bombardeiros invisíveis ianques despejariam bombas inteligentes aqui e ali, justificando a heróica batalha dos operários e camponeses brasileiros contra a infame agressão neoliberal.


Tudo isso pode parecer delírio, e talvez seja. Mas os venezuelanos estão a ponto de cair nesse abismo. Quem poderia imaginar a presente situação da Venezuela cinco anos atrás? Os alemães, ali pelo próspero e pacífico ano de 1928, dificilmente acreditariam nos desastres que o futuro próximo lhes reservara. Estamos nos equilibrando no fio da navalha.


sexta-feira

Bush: comprado e pago por Big Oil

Nota do Editor – Articulistas do NYT são figurinhas fáceis de encontrar nos jornais brasileiros. Claro, são todos anti-Bush e esquerdistas, vestem portanto o figurino perfeito para os editores das páginas internacionais dos grandes jornais brasileiros, a maioria babando de ódio do Bush. O resultado é o que se sabe: o leitor daqui acaba enxergando o mundo pelas lentes dessa gente. Veja o que um Thomas Friedman é capaz de declarar. E isso é empurrado goela abaixo dos brasileiros todos os dias.



Milla Kette - O correspondente em política internacional para o famigerado NYT, Thomas Friedman, declarou a Rolling Stone (edição de outubro) isso e muito mais. Para ele, os executivos da área do petróleo “são um grupo de caras maus, considerando que eles colaboram com toda propaganda antiaquecimento global pelo mundo. […] Eles são caras maus, maus –porque estão lutando contra as evidências científicas sobre aquecimento global. [Que evidências?] A turma do Bush é composta por esse caras grandes, tipo ‘eu caço, eu pesco’.” Pois é, caçar e pescar são atividades politicamente incorretas por aqui…



Segue o baile: por causa do aquecimento do planeta, “o rancho do Bush vai parecer um cenário lunar em 10 anos se isso continuar.” Pregando independência do petróleo árabe, ele pretende que, ao mesmo tempo que deixemos inexploradas reservas locais (como ANWR), economizemos combustível, concitando o povo americano a fazer como ele e a esposa que compraram o carrinho híbrido da Toyota, o Prius… Quem tiver saco para ler o resto dessa baboseira, compre a revista, ou leia os transcritos no Media Research!


O GLOBO VAI AO PARAÍSO

Heitor De Paola, especial para o OFFMIDIA - A Revista Boa Viagem, do Globo de hoje, 10/10/2002, dedica dezessete páginas a Havana. Nunca o suplemento de turismo do Globo dedicou tantas páginas a uma só cidade, salvo quando há algum acontecimento esportivo ou cultural de grande importância.



A reportagem, de Maria Cristina Valente e Custódio Coimbra que foi patrocinada pelo Ministério do Turismo de Cuba e pela COPA Airlines, mostra a cidade como ‘endurecida mas sem perder a ternura’, e é baseada num roteiro de Compay Segundo, do Buena Vista Social Club, 'garoto' propaganda do Fidel, uma mistura caribeña pífia de Leni Riefenstahl com Sergei Eisenstein, sem a competência de nenhum dos dois.



Mais importante que o roteiro turístico, que repete as mesmices de qualquer cidade do Caribe, é a repetição dos chavões de sempre sobre Cuba: conquistas sociais, médicos para todos, extinção do analfabetismo, tudo ameaçado de ser perdido por causa de que? Ora, do crudelíssimo bloqueio americano! A cidade é um paraíso ameaçado pelos homens maus do norte: “Cuba é dança, música, esperança, luta...”



A poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais, quando poderá ser eleito o muy leal amiguito e admirador do ditador cubano, a quem agradeceu pelo simples fato de ter nascido, isto cheira a propaganda descarada. A não ser que, por um raciocínio tortuoso, prove-se que mostrar aquela velharia suja, destruída, caindo aos pedaços, cheia de prostitutas e mendigos, que no paraíso se chamam jineteras e “delicados” vendedores de bugigangas, como o Londres de Orwell, seja propaganda contra o que querem implantar aqui.



Não sei se os leitores saberão tirar esta suposta lição das entrelinhas, devido ao tom de franco elogio, inclusive à rede de delatores da Polícia Política, os CDR's (Comités de Defensa de la Revolución) mostrados como exemplos de atividade 'social' e, no final, com suspeitas reticências, dizer que "alguns dizem que os CDR's exercem patrulhamento ideológico....." Ora, se esta é a única justificativa para sua existência! Temo que em breve os vejamos por aqui.



Nenhuma palavra sobre o fato da ilha estar submetida a uma ditadura cruel há 43 anos; nenhuma palavra sobre a brutal censura à imprensa nem à vida nababesca que levam os funcionários do Partido Comunista, entre os quais certamente está o cicerone, situação certamente partilhada pelos repórteres. Mas há uma esperança de que de outra vez eles abram mais os olhos, talvez sem ter que prestar contas aos patrocinadores, pois se despedem dizendo que “fica uma sensação de que o melhor não foi dito nem visto”. Pois é!


quinta-feira

ABC, CBS, NBC & CIA

Milla Kette, Ohio - Bush falou à nação de Cincinnati (quatro horas de onde moro) na segunda. ABC, CBS e NBC não levaram o discurso ao ar, apenas as estações cable, que nem todos têm. CBS Evening News apresentou 53 segundos de montagem dos mais de 30 minutos do discurso. Dan Rather: “Hoje em Bagdá Saddam Hussein mais uma vez negou que possui armas de destruição de massas e que a única razão dos EUA para atacarem o Iraque é apenas a de humilhar seu povo.” E o Saddam já deu várias provas de honestidade e retidão de caráter...



Na ABC, na noite seguinte (World News Tonight), o âncora Charles Gibson afirmou que “presidente Bush apresentou um longo argumento em prol da guerra” e que os mesmos eram “difíceis de verificar”, reduzindo o discurso a duas partes de seis segundos cada! A repórter Martha Raddatz, sem apresentar evidência, frisou a “falta” de provas de que Saddam sabia que um certo membro do al-Qaeda esteve no Iraque e da reconstrução de instalações de desenvolvimento de armas nucleares…



Finalmente, no Iraque, a palavra do povo nas ruas –apesar do repórter David Wright ter admitido que os que falaram estavam conscientes da proximidade de oficiais do governo, e que “apenas alguns privilegiados souberam do discurso de Bush”. Uma adolescente afirmou: “Tenho confiança no meu lider, presidente Saddam Hussein. Estou certa que ele nos protegerá” (sim, como protegeu os curdos e os xiitas). Uma professora: “Mesmo se acontecer, já passamos por isso e, como nosso presidente diz –e ele colocou de uma maneira muito bonita, ele disse, ‘Não vamos ser vaporizados’. OK, não vamos ser vaporizados se acontecer pela segunda vez (sim, desde que não sejam curdos ou xiitas!). O discurso de 7/10/02: http://www.whitehouse.gov/news/releases/2002/10/20021007-8.html


A là Lula lá

Igor Taam, colunista do OFFMIDIA – A repórter e colunista Jô de Carvalho, de Paris para o site Direto da Redação, comenta em seu artigo “Lula vence na França” sobre os ânimos de revistas e jornais franceses em relação à ascensão do candidato petista. Em resumo, ela diz que há um “Luleuforismo” na imprensa francesa, e que isso se deve ao fato de que os franceses perderam o medo de ter a esquerda no poder. Na tentativa de ilustrar isto melhor, rememora a vitória de François Mitterrand de vinte e um anos atrás que, segundo a colunista, foi seguida de um sucesso de 19 anos de socialismo – a colunista só se esquece de comentar quatro coisas: alguns artigos de esquerdistas franceses não são “os franceses”.



O socialismo de Mitterrand durou 14 e não 19 anos. E que as políticas socialistas tiveram tanto sucesso, que o próprio Mitterrand acabou por desfazê-las em boa parte, e privatizar quase tudo o que havia estatizado. E por último, esqueceu de mencionar a derrota humilhante, logo no primeiro turno, do socialista Lionel Jospin na última eleição presidencial francesa, realizada este ano. Quem acabou se elegendo, ou melhor, reelegendo-se foi o conservador Jacques Chirac.



Das observações da colunista sobre os jornais e revistas franceses, a que me chamou mais atenção foi o comentário rápido e generalizado de que o Le Monde “fez diversas análises da política e da economia brasileiras, enfocando de maneira positiva a ascensão de Lula”. É bem verdade que o Le Monde tem dado uma boa cobertura para as eleições no Brasil, sim, e fazendo um breve exame, pode-se até afirmar que articulistas do jornal têm visto com bons olhos a possível vitória de Lula. Mas o que deveria ser lembrado, também, é que não raro, as críticas dos opositores também tiveram destaque.



Entre os diversos artigos do Le Monde temos, por exemplo, o “La gauche brésilienne aux marches du pouvoir” de Jean-Jacques Sévilla que tece comentários sobre as alianças e os aliados de Lula como o “antigo guerrilheiro maoísta José Genoíno”, e ainda faz uma revelação chocante, “Privadamente, Lula, 56 anos de idade, pensa em voz alta que a eleição é uma farsa e que é necessário passar por isso para tomar o poder”. Acredito que talvez tenha caído café-au-lait nesta parte do jornal, não só da distraída repórter, mas de todos os correspondentes brasileiros que estão na Europa.



A internacional colunista cita algumas outras matérias da mídia francesa. O título desmedido de uma delas é "Tambor e trompete para o fenômeno Lula". Buenas, como se diz na tradição gauchesca, te achega e baba... pero pouquito, senão vão achar que estás com aftosa.



. . .



Justiça seja feita, neste mesmo site, o repórter Cláudio Lessa, passa longe da, cada vez mais intensa, canonização jornalística de Lula, e faz uma previsão de seu governo: “serão quatro anos de assembléias para decidir até se o café deve ser servido nas solenidades com açúcar ou sem açúcar; serão quatro anos de guerra aberta e derramamento de sangue entre donos de propriedades agrícolas (produtivas ou improdutivas, não importa) e os sem-terra; serão quatro anos de acentuada mediocrização em nome do resgate daqueles que não tiveram nada até hoje. O quadro poderia ser outro, mas… se a esquerda brasileira fez voto de burrice, a direita brasileira fez voto de ganância, e como se sabe, não há prato sem fundo”.


quarta-feira

Jornal do Brasil: A nova história oficial

Nota do Editor – o texto abaixo, do nosso colunista João Pedro Jacques, não é um artigo, propriamente. É uma denúncia mesmo sobre como a imprensa brasileira vai jogar pesado nos próximos dias para eleger Lula. Recomendo a todos os que visitam esta página a lerem com atenção o que segue abaixo.


João Pedro Jacques - Enquanto assistimos a estrela flamejante do PT ser alçada, em meio a nuvens sulfúricas, à presidência da república, testemunhamos também uma outra disputa de cunho menor. Os jornalões da Grande Mídia brasileira pelejam à cotoveladas pelo mesmo papel do antigo Pravda, ainda nos tempos da União Soviética, naquilo que poderá ser nosso novo regime.



Nos últimos dias vimos diversos exemplos de quão diligentes estão os meios de comunicação em prol da candidatura Lula. Uma tendência que deve se acentuar conforme nos aproximarmos da data marcada para o segundo turno das eleições. Entre os aparentes concorrentes ao título de “Órgão Oficial de Imprensa” está o dedicado Jornal do Brasil. Este publicou - com destaque de “furo” exclusivo - no domingo do pleito eleitoral, dia 6 de outubro, a reportagem “Abortado golpe na Venezuela” (leia em: jbonline.terra.com.br/jb/papel/brasil/2002/10/05/jorbra20021005021.html), assinada por Cid Benjamin, subeditor de Brasil, e pelo repórter Gilberto de Souza.



A matéria nos conta que o governo venezuelano conseguiu no sábado, dia 5 de outubro, debelar uma possível tentativa de derrubada do governo de Hugo Chavéz. Este suposto golpe estaria previsto para ocorrer de fato no dia 10 de outubro, porém o putsch teria sido adiantado para o dia 6, com o objetivo de prejudicar, no Brasil, a candidatura petista de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.



Também, segundo relata o texto, nas primeiras horas da madrugada do dia 5, a residência do suspeito de liderar o golpe, o advogado Enrique Tejera París, foi revistada por agentes do serviço de inteligência do governo venezuelano e lá teriam apreendido evidências que confirmariam as denúncias contra ele.



Estas informações, pelo que nos diz a reportagem, foram reforçadas pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Vladimir Viegas, com exclusividade para o Jornal do Brasil. E, de acordo com o Sr. Viegas, a amizade entre Lula e Chávez estaria sendo explorada politicamente por setores da mídia de “extrema-direita” dos dois países.



Como fechamento para a matéria, os senhores Cid Benjamin e Gilberto de Souza, apresentaram as considerações do deputado do PT Luís Eduardo Greenhalgh sobre os supostos fatos. O sr. Greenhalgh, por sua vez, afirma que se confirmando os fatos, estes representariam um perigo para o processo democrático brasileiro, pois a “extrema-direita”, seja no Brasil ou na Venezuela, tem lançado mão do terrorismo político e econômico - curioso como a palavra “terrorismo” ganha conotação aguada e nebulosa em bocas petistas - e pode muito bem passar a empregar o terrorismo militar.



Bom, agora aos fatos.



Realmente o Sr. Tejera París, ex-chanceler do governo venezuelano - citado apenas genericamente como um “advogado” pelo Jornal do Brasil -, foi detido em sua residência por oficiais a serviço do Estado e levado para a sede da Disip, a polícia política - Para que um governo, que se diz democrático e popular, precisa de uma polícia política? - da Venezuela, para apresentar esclarecimentos sobre suas supostas relações com um movimento para derrubar o regime de Hugo Chávez.



Após prestar depoimento por mais de seis horas aos investigadores, Tejera París foi liberado. Segundo o próprio acusado, os investigadores afirmaram que a tal conspiração consistiria num plano, supostamente atribuído a ele, para assassinar o secretário geral da OEA, César Gaviria. Todavia, o advogado do ex-chanceler, o Sr. Luis Valdivieso, na saída da Disip, informou que seu cliente não foi formalmente acusado de crime algum, que não há evidências da participação do Sr. Tejera París em tal estratagema e que as suspeitas levantadas pelos oficias eram bastante confusas e desconexas. O Sr. Valdivieso, ainda acrescentou que seu cliente processará a autoridade máxima da Venezuela, o cel. Hugo Chávez, por abuso de poder entre várias outras acusações (para maiores detalhes e informação de fato verificar em: www.eluniversal.com/2002/10/08/08144CC.shtml).



Este não foi o único episódio de arbitrariedade registrado, desde o dia 5 deste mês até o dia de hoje, na Venezuela. Outros indivíduos, entre civis e militares, estão, desde então, sendo investigados, detidos e tendo suas residências revistadas. Estas incursões contam, de uma só vez, com até mais de 40 oficiais do serviço de repressão política venezuelano, além do que muitas são realizadas noite e madrugada adentro - bem ao estilo democrático, pluralista e popular do perigoso farfante Hugo Chávez (confira em: www.eluniversal.com/2002/10/08/08102002_38277.html).



Parece-me, que a grande questão por trás destas operações do governo Bolivariano seja a marcha de protesto marcada para o dia 10 de outubro. O Jornal do Brasil, em seu débil “furo” - melhor dizendo: furada! -, atesta que a “extrema-direita” planejava um coup d’état para esta data. Pois bem, quem apurou, apurou. Quem não apurou, como o Sr. subeditor de Brasil e mais um repórter, ou não se interessou - o que significa que não cumpriu o mínimo exigido para a lisura de seu ofício - ou omitiu. Neste segundo caso, flagrante desrespeito para com a inteligência do leitor e mais ainda para com a verdade dos fatos.



Creio que nos dias de hoje, até uma criança de sete anos seria capaz de encontrar um periódico da Venezuela na Internet. E, para dizer a verdade, não é de hoje nem de ontem que a marcha programada para o dia 10, está estampada na fuça de qualquer um que se der ao trabalho de olhar um jornal daquele país. Começo a imaginar que os jornalistas do Jornal do Brasil, além de sofrerem de preguiça crônica também são cegos.



Pois vamos lá. No próximo dia 10, data que marca a véspera do aniversário de seis meses da frustrada tentativa de destronar Hugo Chávez, haverá em Caracas, capital da Venezuela, uma grande marcha popular de protesto contra o governo Bolivariano. Um dos slogans desta manifestação será: Eleições já! (Confira em: www.eluniversal.com/2002/10/08/08290CC.shtml). A caminhada, organizada pelo grupo conhecido como Coordenadoria Democrática (CD), pela Confederação de Trabalhadores da Venezuela, pela Fedecámaras e por organizações da sociedade civil, deverá seguir por aproximadamente 8 Km e se encerrará na Avenida Bolívar, em frente ao Palácio da Justiça, onde o povo renovará seus apelos pela democracia e pelo fim do autoritarismo (veja o mapa do trajeto em: www.eluniversal.com/grafico-interactivo/2002/octubre/marcha-10oct/).



De acordo com comentaristas políticos venezuelanos e pelo o que os próprios fatos indicam, o presidente da Venezuela procura defender seu trono - o que ele mesmo chama de “nossa revolução” - ao espalhar o terror entre a população apregoando rumores - como o de que, caso necessário, as forças armadas abrirão fogo contra os manifestantes, ou ainda, de que elementos infiltrados entre os membros da marcha realizarão atentados contra as forças de segurança (confira em: www.eluniversal.com/2002/10/08/08102002_38235.html) -, através da perseguição policial de opositores e perpetrando a incitação à baderna, seja por meio da forçada e violenta manifestação da Polícia Metropolitana de Caracas ou pela tomada da Universidade Central da Venezuela por estudantes que protestaram contra o poder da “burguesia”, entre outros casos (não deixe de conferir em: www.eluniversal.com/2002/10/08/08107ZZ.shtml).



A função primaz de um embaixador é representar seu governo e suas posturas. Acredito que até alguém como o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva saiba disto. Logo, o Exmº Sr. Vladimir Viegas, cumpre seu dever quando nada mais faz em nossas terras do que representar o governo da Quinta República e sua obtusa visão da realidade. Já o Jornal do Brasil, não cumpre aquilo que é seu dever como órgão de imprensa. Aceita de bom grado e sem questionamento as falácias do reizinho de Miraflores. Fico pensando: Por que o Sr. Viegas escolheu logo este jornal para fazer suas declarações? O que terá ele sentido de especial a seu respeito?


Como se este deboche para com o público não fosse o bastante, os autores da referida reportagem vão procurar logo quem para comentar seu conteúdo? Um deputado do PT. Que, pelo que nos mostra o texto da matéria, também não apurou nada dos fatos e, entretanto, os comenta de orelhada. Postura curiosa para o Sr. Greenhalgh, que é advogado - foi o representante legal dos integrantes do MST que invadiram a fazenda do presidente antes da trégua eleitoral -, opinar sem conhecer. Além do que, corrobora o estranho boato acerca da suposta “extrema-direita” - Alguma alma caridosa pode me explicar o que significa esta expressão? Será que estão falando do PRONA?



Só posso afirmar que, por algum motivo qualquer, nada disto me surpreende. Assim vamos nós para o segundo turno: Jornaleco e Neo-Partidão, de mãos dadas, empurrando nosso país para o fundo do abismo, enquanto voa alto a rubra estrela flamejante.


terça-feira

A OMISSÃO DA MÍDIA EM FAVOR DE CUBA E CHINA

Paulo Diniz, colunista do OFFMIDIA - Na última sexta-feira, 04/10, os telespectadores do “Jornal da Band” puderam ver, mais uma vez, como alguns repórteres brasileiros são verdadeiros “cortesãos” do regime comunista de Fidel Castro. Durante uma reportagem que abordava a cobertura internacional das eleições do último domingo, foram enfocados os preparativos da agência de notícias Reuters e da RAI para o evento. Mas o que chamou a atenção, foi a conclusão da reportagem, onde a repórter foi colher a “valiosa” opinião de um jornalista de um órgão de imprensa cubano.



O espaço dado ao cubano foi igual a soma do tempo concedido a Reuters e RAI, como se a opinião de um jornalista de um país onde NÃO existe liberdade de imprensa tivesse alguma utilidade. A impressão que ficou é que se buscou dar ares de importância para a opinião do representante de um país absolutamente inexpressivo, mas que na cabeça da imprensa esquerdista brasileira, é uma autêntica potência.



Enquanto a imagem de Cuba é diariamente retocada com cores alegres e solenes pela mídia brasileira, uma outra ditadura comunista, a China, também tem detalhes negativos cuidadosamente omitidos pela imprensa brasileira.



Recentemente, foram divulgadas imagens feitas no Afeganistão, onde o terrorista Osama Bin Laden, ao lado de seus principais assessores, recebia uma comitiva de visitantes estrangeiros. Entre os estrangeiros, era possível ver um homem de feições orientais, que, soube-se depois, seria um “escritor” chinês. Esse fato, aparentemente sem importância, deveria ter sido objeto de atenção da mídia, sobretudo quando surgem notícias insistentes de ligações da organização do terrorista saudita com a China.



Seria justo questionar, por exemplo, como é que um escritor chinês poderia estar numa reunião de terroristas internacionais, se como todos sabemos, a China é uma ditadura que não permite liberdade de expressão? O mínimo que se pode suspeitar é que o suposto jornalista estaria ali com o aval das autoridades chinesas. Muito estranho, para dizer o mínimo. Mas não tão estranho quanto a falta de curiosidade da mídia brasileira, sobretudo quando as evidências apontam justamente no sentido de comprovar o envolvimento de uma ditadura comunista com o terrorismo internacional.





A REDE GLOBO E A POLÍTICA DE BOA VIZINHANÇA COM O PT




Paulo Diniz, colunista do OFFMIDIA - Após o “Day after” do adiamento da vitória definitiva de Lula, representado pela necessidade de um segundo turno na eleição presidencial, é curioso ver como a Rede Globo tenta acalmar os temores de uma vitória definitiva do candidato petista. Ao invés de informar corretamente os fatos, a emissora, como de resto a maior parte da imprensa, continua procurando explicações “alternativas” para a piora acentuada do quadro econômico nacional, em grande parte proveniente do temor de vitória do PT.




Sem nunca abordar que Lula e seu partido inspiram temor devido ao seu envolvimento com ditadores como Fidel Castro e Hugo Chávez, do apego do PT a fórmulas econômicas reacionárias, do apoio que o partido recebe de movimentos revolucionário como MST, e da absurda “conversão” do candidato a uma “plataforma moderada” que nunca, em mais de vinte anos, foi sequer cogitada, a Rede Globo tenta abordar o problema sob outro prisma.



Assim, no Bom dia Brasil de hoje, (08/10), primeiro foi destacado que os jornais internacionais não demonstraram nenhum clima de “pânico” em seu noticiário sobre a vitória de Lula. Evidente tentativa de provar que o medo de Lula é algo de “paranóicos”, pois se a mídia internacional não demonstra nenhum receio, porque os brasileiros deveriam ter algum tipo de reserva em relação ao petista? Talvez o fato de que a mídia internacional citada no programa seja ela própria esquerdista, ou que os editores dos referidos órgãos de imprensa não residam no Brasil ajudasse a explicar essa indiferença com os destinos do Brasil, mas isso não absolutamente levado em conta.



Longo em seguida, a comentarista econômica Miriam Leitão tentou a todo custo explicar que a alta de dólar é resultado de uma “especulação irracional”, e jogar a culpa pela alta do dólar nas costas do governo FHC, visto que dívidas públicas estão para vencer nos próximos dias, e o governo está encontrando dificuldades para renegociá-las.



Na verdade, a Globo parece que só está interessada em preservar o seu tradicional status quo de bom relacionamento com os mandatários do poder, por isso ignora as informações que ajudariam o público a entender que o comportamento do mercado não é unicamente proveniente de “especulação”, ou por culpa do atual governo, mas principalmente em virtude do medo da vitória de um partido que nunca escondeu seu forte viés marxista, totalitário e anticapitalista, que a lógica diz não ser possível mudar da noite para o dia, como querem fazer crer os “inocentes(?) úteis” e propagandistas de plantão.



Acontece que o mercado não se deixa enganar pelo “canto de sereia” dos marqueteiros contratados a peso de ouro, os sinais de que algo não vai bem tornam-se insistentes, por mais que a Rede Globo tente omiti-los. Enquanto a realidade teima em desmentir o noticiário global, já é possível imaginar que a culpa de um eventual agravamento do quadro econômico nacional, após a posse de Lula, recaia mais uma vez nos bodes expiatório de sempre: os “especuladores” e o “capitalismo”, e que medidas intervencionistas sejam tomadas no sentido de tentar controlar o próprio mercado, que apenas é o efeito, e não a causa, dos problemas.


Palavrinhas e palavrões

Igor Taam, especial para o OFFMIDIA - Em “O bicho-síntese”, mais um dos certeiros artigos do filósofo Olavo de Carvalho, fica clara a dimensão do “culto das palavras” na mentalidade brasileira. Neste culto, as palavras não mais precisam corresponder à realidade, o show gestual e o malabarismo verbal são suficientes para dar razão e voz ao bicho-síntese, um animal intelectual, não necessariamente racional, híbrido entre macaco eloqüente e papagaio letrado.



Ora bolas, o habitat do bicho-síntese – onde as palavras e o tom valem mais do que as coisas – é fértil como adubo para a proliferação em grande escala das fanfarronices politicamente corretas. Podemos verificar o alcance que isso chegou na nossa própria Constituição: foi acrescentado um tipo de injúria qualificada com o artigo 2o da Lei no. 9459 de 13 de maio de 1997, de autoria do petista Paulo Paim. De acordo com esta lei se uma injúria é cometida mediante a “utilização de elementos referentes à raça, cor, religião ou origem”, o autor da ofensa fica submetido a uma pena mínima de reclusão de um ano, e multa. Não é necessário comentar que esta pena é completamente desproporcional com a realidade, mas a alucinação legislativa fica mais evidente se compararmos com as penas de outros delitos mais graves.



Se, com a intenção de xingamento, alguém chamar um japonês de “japa”, ou um afro-descendente de “negão”, ou um indivíduo com baixa taxa de melanina de “branquelo”, terá uma resposta penal maior que a de homicídio culposo. Ou então, se um hipotético delinqüente Fulano corromper seu filho de 14 anos com libidinagem, e você ousar xingar o criminoso, principalmente se for com o tom de voz ríspido:
– "Fulano não passa de um - característica religiosa, racial, de cor, ou origem + palavra de baixo calão."



Pronto, cumprindo-se a lei petista, você estará sujeito a uma pena maior do que a do corruptor de menores. O que é mais tragicômico é que se, ao invés de xinga-lo com palavrinhas indecorosas, você resolvesse agredi-lo fisicamente, aí sim você pegaria uma pena substancialmente mais leve.



Nada justifica esta hipersensibilidade fonética, mas, certamente, o “culto das palavras” é o diagnóstico perfeito do porquê da idiotice politicamente correta ter se alastrado com tanta intensidade na inteligência tupiniquim, além de várias outras mazelas como o socialismo, o ecologicamente correto e outras falácias mais furadas que orelha de cigano (ops!).


segunda-feira

Mentiras no Ar

Milla Kette, Ohio - Recebi um e-mail de um desconhecido intitulado: “Por que os EUA são alvo de terroristas”, com um dramático apelo inicial: ARCEBISPO NORTE-AMERICANO PEDE A BUSH QUE EXPLIQUE A SEU POVO PORQUE OS EUA SÃO ALVO DE TERRORISTAS. O e-mail referia-se à íntegra de uma carta que teria sido enviada ao presidente George W. Bush pelo cardeal Arcebispo Bernard Law, de Boston. Esse texto foi, na verdade, escrito por Robert Bowman, bispo da United Catholic Church em Melbourne Beach, Flórida, em 1998 (http://www.casi.org.uk/discuss/2001/msg00873.html)!



Corrijam-me se estiver enganada, mas em 1998, Bill Clinton era presidente, não Bush. Seria interessante notar a sanção que o próprio Papa deu à decisão de Bush em relação à Peste do Iraque; isso não foi observado na pretensa carta do arcebispo (que deveria estar muito mais preocupado com os abusos sexuais perpetrados por membros da Igreja nos EUA).



Esse povo sai por aí, espalhando o que lhes dá na telha e nós temos que correr atrás dos fatos, para provar que eles é que estão mentindo! Utilizando-se do meio de comunicação criado pelos militares norte-americanos e cedido graciosamente ao mundo, eles inventam as maiores barbaridades, pensando, provavelmente, que só eles conhecem os mistérios que envolvem a rede…



A carta de Bowman também aparece como sendo de Law no site Jovens Verdes: http://planeta.terra.com.br/noticias/jovensverdes/index.htm (10/9/02). Acabei de enviar e-mail, pedindo que corrijam. Pretendo checar freqüentemente para ver quanto tempo necessitarão para corrigir o erro.


Jabor passando dos limites

Nota do Editor: figura das mais pitorescas e debochadas da mídia, Arnaldo Jabor vem apelando ultimamente para a tolerância e piedade das pessoas, impressionadas com sua capacidade de desinformar e “esculachar” (como já mostrou o João Pedro Jacques em Guidalli.com) o leitor. Abaixo, mais uma análise sobre o que anda escrevendo este bufão frustrado da triste história da cinematografia e da imprensa deste país.


Egocentrismo na Mídia


Robson Caetano, Rio - Foi uma experiência e tanto. É impossível ler o último artigo de Arnaldo Jabor em O Globo (http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/jabor.htm) ou no Estado de São Paulo (http://www.estado.com.br/colunistas/jabor.html) sem concordar que ele está mesmo delirando. Impressionisticamente falando. Perdoem-me o neologismo. Porém, matreiramente, seu delírio é consciente e deliberado, pois o artigo é, escancaradamente, um manifesto pessoal pró-Lula Light e, claro, pró-socialista. Jabor diz que, do seu ponto de vista, “sempre surgem indícios quando o Brasil vai quebrar a cara”, o que o faz arrepiar-se apavoradamente. Entre um arrepio e outro, uma ocorrência chama especial atenção: a sua alegria e satisfação pelo comício da Central do Brasil, em 64, em prol da introdução do socialismo no Brasil, isto é, a implantação do comunismo soviético, eufemisticamente tratado por ele como “socialismo tropical dançante”.


Obviamente, até hoje, Jabor não leva em consideração todos os horrores imanentes ao comunismo, cuja carcaça, ainda não totalmente decomposta, teima em atrair moscas em uma certa ilha do Caribe. Mas, o detalhe mais sinistro, sempre sob sua ótica, foi a visão de uma vela acesa “em cada janela da classe média, em sinal de luto pelo comício da esquerda. Na noite socialista, cada janela era uma estrelinha de direita”, conclui.


O mais espantoso é que, mesmo após toda a divulgação dos resultados das revisões históricas feitas por diversos pesquisadores sérios em todo o mundo sobre a Revolução de 1917 e suas consequências, Jabor pensa, age e fala como se nada demais tivesse acontecido. Ele silencia deliberadamente sobre os aproximadamente 62.000.000 de pessoas que foram exterminados, seja por fome criminosa ordenada diretamente por Stálin (5.000.000), seja pelos convenientemente alegados “crimes contra o estado soviético” (55.000.000), o mesmo tipo de estado totalitário que ele tão alegremente queria (e ainda quer) ver implantado no Brasil.


Ele, também, faz vista grossa e emudece sobre os 35.000.000 de chineses mortos por este mesmo tipo de estado. Ele não faz a menção que, sendo totalitários, estes estados não tinham nenhum apreço ou simpatia pela democracia, coisa de “capitalismo decadente”. Felizmente, sua alegria durou pouco e as coisas não deram certo, como ele próprio diz ter “pressentido” à época, pois a instauração do regime comunista foi abortada pelo Golpe Militar de 64. A classe média estava certa e a luz trêmula de suas velas iluminou o futuro do Brasil.


Esta foi, na verdade, a grande introdução para os dois grandes objetivos do artigo: utilizar sua posição de formador de opinião para publicar, sem o menor escrúpulo, em dois veículos de comunicação de grande circulação, um “santinho” a favor da candidatura de Lula e, concomitantemente, make his dreams come true, pois, com Lula Lá, as esperanças do colunista em testemunhar a concretização do comunismo (que ele chama carinhosamente de socialismo) neste país estão mais vivas do que nunca.


Este é somente mais um exemplo escancarado da utilização do setor privado apopléctico, após anos de doutrinação marxista via a metodologia de Gramsci, como um instrumento em prol da disseminação do ideal esquerdista.


Jabor é apenas mais uma prova viva de que o comunismo não morreu, mas, tal qual um vírus que se julgava erradicado, está somente aguardando o hospedeiro adequado e um momento de debilidade de seu organismo para, então, manifestar todo o seu poder de replicação e de destruição. Este momento começou hoje dia 6 de outubro de 2002 e o estoque de vacinas encontra-se, há tempos, zerado. Essa falha vai ficar para a História e para os sobreviventes.


domingo

antiamericanismo infinito

PRESIDENTES, MAL PERDEDORES, DITADORES ASSASSINOS E A COBERTURA DA MÍDIA

Paulo Diniz, especial para o OFFMIDIA - Nos últimos dias a maior parte da mídia brasileira e internacional tem se esforçado ao máximo para deixar o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, numa posição desconfortável, transformando-o num mero “cow-boy”, enquanto o velho assassino caribenho Fidel Castro é tratado como um estadista, insistentemente chamado de “presidente” pela nossa mídia vassala, que nunca o chama do que realmente é: um ditador.



Nada como lançar uma “cortina de fumaça”, confundindo os leitores e telespectadores, hora afirmando que “interesses do petróleo” movem os norte-americanos, hora dando destaque às “divisões internas” nos EUA sobre como agir contra o ditador iraquiano, Saddam Hussein.



Assim, em meio a essa confusão proposital, poucas pessoas notaram o ridículo de senadores e políticos democratas, bradando aos quatro ventos sobre aceitar a palavra de um assassino e ditador como Saddam Hussein, em detrimento do presidente dos Estados Unidos, no que diz respeito às inspeções da ONU no Iraque.



Em vista do imenso espaço dado a políticos recalcados do partido democrata, e aos demagogos e mitômanos de sempre na nossa mídia, o leitor desatento deve estar se perguntado: afinal, quem é que manda nos Estados Unidos? O senador Ted Kennedy, cuja conduta pregressa inclui a morte mais do que suspeita de sua secretária? Ou o impagável Bill Clinton, cuja política de desmantelar a CIA e de facilitar a vida de todos os ditadores socialistas do Terceiro Mundo, além da China, teve grande influência nos ataques de 11 de setembro?



Pois é possível responder: bem ou mal, o presidente dos Estados Unidos é o sr. Bush, por mais que o alucinado “Elyá Ehrenburg” * da mídia brasileira, o ridículo Arnaldo Jabor, insista em lhe lançar impropérios e zombarias. Nesse ponto, tenho de fazer a minha mea culpa: durante muito tempo achei que o sr. Jabor era apenas um mero palhaço, ávido pelo estrelato. Contudo, em vista da sua trajetória recente, devo reconhecer que seu caso está mais para hospital psiquiátrico do que para picadeiro.



Mas voltando ao que importa, até um jornal que sempre se pautou pelo equilíbrio nas análises, como o jornal “O Estado de S. Paulo”, embarcou na ladainha de que Bush “vai atirar o mundo num precipício” em caso de guerra contra o Iraque, como transparece em seu editorial da edição de 03/10.



Esse tipo de afirmação não deixa de ser curiosa. Afinal, quando os Estados Unidos eram governados pelo playboy e sedutor barato Bill Clinton, o país desenvolvia uma política externa bem mais intervencionista, violenta e desequilibrada do que a de Bush, e a mídia não criava tanto escândalo. Ou não foi arriscado intervir dentro da Europa, nos Bálcãs, agindo contra a Iugoslávia, tradicional aliada dos russos? E o bombardeio da embaixada da China durante os ataques aéreos contra os iugoslavos? Já pensaram se fosse hoje? O que a mídia esquerdista não estaria dizendo?



E a política do governo Clinton no Oriente Médio, pressionando Israel a fazer todo tipo de concessão ao sr. Arafat, em troca de nada? Ou o abandono vergonhoso da oposição iraquiana, quando os tanques de Saddam Hussein reocuparam posições na “zona de segurança” estabelecida no norte do Iraque?



Ou então as atividades da administração Clinton em Angola, apoiando descaradamente, ao lado a ONU, o governo de Luanda, numa guerra de extermínio contra a UNITA, antigo aliado dos Estados Unidos, mas que foi entregue à própria sorte tão logo os democratas assumiram o governo em Washington, em grande parte por causa de interesses inconfessáveis de empresas de petróleo ligadas ao sr. Kennedy?



Além da política externa voltada para o fortalecimento de medidas “coletivistas”, em cooperação com a ONU, o governo de Bill Clinton também foi pautado por imensos escândalos financeiros e morais, os quais, não fosse a parcialidade da mídia esquerdista norte-americana, teriam arruinado o então presidente. É óbvio que para jornalistas desequilibrados como o nosso “Ehrenburg” verde-amarelo, a sordidez dos Clinton não existia, resultando de “conspirações” da “direita conservadora e moralista americana”.



Com tanta parcialidade assim, não admira que a mídia dê tamanha credibilidade a políticos democratas que fizeram parte de todos esses esquemas, a começar pelo medíocre ex-vice de Clinton, Al Gore, um rancoroso e mal perdedor, que despeja toda sua frustração por não ter dado continuidade ao desastroso governo Clinton, surgindo como um dos mais desequilibrados críticos do presidente Bush.



A realidade é que a mídia brasileira, esquerdista até a medula, onde um autêntico Joseph Goebbels como o jornalista Marcio M. Alves despeja suas mentiras, precisa encontrar formas de colocar a opinião pública brasileira contra os Estados Unidos, sobretudo agora que o mais incapaz candidato à presidente de toda a história do Brasil está prestes a vencer a eleição. E como se sabe, o referido cidadão pretende direcionar a política externa do país para o confronto com os norte-americanos. Assim, que forma melhor de fazer isso do que criar condições psicológicas propícias para um rompimento dessa ordem?



Qual a diferença, portanto, entre as ações de ontem e as de hoje dos EUA, que mereçam tamanho repúdio? Simples: O problema, mais uma vez, parece ser o fato de que Bush é um político qualificado como de “direita”, pouco afeito a submeter seu país a regras impostas por organismos internacionais como a ONU, que pelo jeito tenciona mesmo tornar-se um “governo mundial”, impondo normas, deveres e obrigações a todos.



A alegação de que os EUA agem em legitima defesa é bem plausível, após os ataques de 11 de setembro. Clinton, por seu lado, quando interveio na Bósnia, o fez para salvar as aparências para os países europeus, tão enérgicos quando se trata de perseguir ex-ditadores sul-americanos, como Pinochet, mas sem um pingo de vontade de “limpar a sujeira” no seu próprio quintal.



O fato que a mídia parece não aceitar é que existem bons motivos para remover do governo um ditador que não pensaria duas vezes em utilizar armas nucleares ou biológicas. Além disso, onde é que está escrito que um país deve esperar ser atacado, correndo o risco de perder milhares de vidas civis, para só então agir? Em outras palavras, é preferível adotar medidas de prevenção, antecipando-se a eventuais ataques, tendo a coragem que o “moço do saxofone” não demonstrou contra os terroristas de Bin Laden, tomando decisões enérgicas há muito tempo, que poderiam ter impedido os atentados de 11 de setembro.



Para a mídia esquerdista norte-americana e a quase totalidade da imprensa brasileira, o ideal seria ter como presidente dos EUA um bufão tocando sax e agradando aos socialistas playboys de Hollywood, os mesmos que doam milhões de dólares ao Partido Democrata, fazem filmes pró-comunistas e idolatram ditaduras como a chinesa, cubana e vietnamita, escarnecendo da tragédia de milhões de seres humanos sob esses cruéis regimes.



* - Elyá Ehrenburg foi um dos principais intelectuais bolcheviques, que ficou famoso, sobretudo durante a Segunda Guerra Mundial, por pregar o ódio e a violência contra civis e prisioneiros de guerra. Suas frases incitando a destruição e morticínio resultaram em inúmeros massacres de civis inocentes.